«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.»Fernando Pessoa
Domingo, 29 de Janeiro de 2006
«Olhar o rio...»

"Olhar o rio que é de tempo e água
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água."

José Luis Borges, Cadernos de Poesia

(Está a nevar lá fora...é a primeira vez que vejo nevar em Lisboa.
É um espectáculo lindo,"raro e incomum"!)





publicado por Bia às 16:07
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Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2006
«Lisboa perto e longe»

Lisboa chora dentro de Lisboa
Lisboa tem palácios sentinelas
E fecham-se janelas quando voa
nas praças de Lisboa -- branca e rota
a blusa do povo -- essa gaivota.


Lisboa tem casernas catedrais
museus cadeias donos velhos
palavras de joelhos tribunais.
Parada sobre o cais olhando as águas
Lisboa é triste assim cheia de mágoas.


Lisboa tem o sol crucificado
nas armas que em Lisboa estão voltadas
contra as mãos desarmadas -- povo armado
de vento revoltado violas astros
-- meu povo que ninguém verá de rastos.

Lisboa tem o Tejo tem veleiros
e dentro das mãos navios prisioneiros
ai olhos marinheiros -- mar aberto
-- com Lisboa tão longe em Lisboa tão perto.

Lisboa é a palavra dolorosa
Lisboa são seis letras proibidas
seis gaivotas feridas rosa a rosa
Lisboa a desditosa desfolhada
palavra por palavra espada a espada.

Lisboa tem um cravo em cada mão
tem camisas que abril desabotoa
mas em maio Lisboa é uma canção
onde há versos que são cravos vermelhos
Lisboa que ninguém verá de joelhos.

Lisboa a desditosa a violada
a exilada dentro de Lisboa.
E há um braço que voa há uma espada.
E há uma madrugada azul e triste
Lisboa que não morre e que resiste.

Este poema foi escrito por Manuel Alegre































publicado por Bia às 18:43
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Segunda-feira, 9 de Janeiro de 2006
«Cidade,rumor...»

(in internet)

Cidade,rumor e vaivém sem paz nas ruas,
Ó vida suja,hostil,inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou aqui fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.

Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.

Sophia de Mello B.Andresen,Poesia













publicado por Bia às 18:59
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Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2006
Mar sonoro


(in internet)

Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.

A tua beleza aumenta quando estamos sós.

E tão fundo intimamente a tua voz

Segue o mais secreto bailar do meu sonho

Que momentos há em que suponho

Seres um milagre criado para mim.

Sophia de Mello B. Andresen, Mar










publicado por Bia às 19:36
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Domingo, 1 de Janeiro de 2006
«A um amigo especial que partiu...»

Amigo é...

Amigo é ...díficil explicar, é especial
Como uma flor sem espinhos.
Amigo é verdadeiro sorriso
Num coração acolhedor.
Amigo é corajoso
E nele podemos confiar.
Amigo é...difícil explicar
E é difícil de esquecer!

Dedico este momento a um amigo muito especial que partiu num dia um de Janeiro.










publicado por Bia às 18:59
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